Para prevenir-se de ataques cibernéticos é necessário conscientizar-se, prevenir-se, detectar erros e falhas e corrigir para conseguir garantir a confiabilidade dos sistemas. Dito isso, a Análise de Vulnerabilidade e o Pentest são grandes nomes nesse meio.
A cada ano o número de ataques cibernéticos aumenta ainda mais, somente de 2020 para 2021 houve um aumento de 31% de acordo com a Accenture.
Sendo assim, a necessidade de manter-se a salvo desses ataques e evitar danos ainda maiores não somente ao seu sistema, mas também à saúde financeira de sua empresa, se torna ainda maior.
Ainda, pensando nas principais exigências da LGPD, é necessário identificar riscos e falhas nas infraestruturas de sistemas de Tecnologia da Informação (TI), a fim de manter os dados seguros e deixar sua empresa provedora de internet em conformidade com a lei.
Pensando nisso e para poder te ajudar a manter seu ISP cada vez mais seguro, trouxemos tudo o que você precisa saber sobre Análise de Vulnerabilidade e Pentest, duas ferramentas promissoras para te ajudar a solucionar seus problemas.
Aqui você vai encontrar o que são, como funcionam, suas principais diferenças e qual a melhor escolha para sua empresa. Acompanhe a leitura.
O que é Pentest
Como a Análise de Vulnerabilidade e o Pentest funcionam?
Principais diferenças entre Análise de Vulnerabilidade e Pentest
O que é Análise de Vulnerabilidade
A Análise de Vulnerabilidade é conhecida como uma prática de segurança frequentemente adotada pelos chamados Blue Teams (times de defesa) para detectar e identificar as principais falhas e riscos em redes ou sistemas.
Dessa maneira, a Análise de Vulnerabilidade cria uma lista com as vulnerabilidades, classificando-as a partir da mais ameaçadora e grave para sua empresa.
Ela mapeia os possíveis caminhos pelos quais os hackers podem invadir ou afetar os dados de um servidor ou de uma rede. Sendo assim, a Análise de Vulnerabilidade é ampla e busca o maior número possível de riscos, sem necessariamente analisá-los a fundo.
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O que é Pentest
Conhecido como teste de invasão, o Pentest, como o próprio nome diz, é uma técnica de cibersegurança que adota o papel do invasor da sua rede ou servidor.
Geralmente sendo executados por um Red Team (time de ataque), que costuma incluir profissionais especializados como os Ethical Hackers e White Hats e que possuem como foco alcançar um objetivo específico.
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De outro modo, o Pentest costuma estabelecer um alvo e procura meios de alcançá-lo de alguma forma, como:
- Invadir um servidor ou rede
- Tirar um servidor ou rede fora do ar
Para atingir seu alvo, o Pentest utiliza de ferramentas como as da Análise de Vulnerabilidade, com diferentes soluções e ferramentas hackers para cada objetivo definido.
Um exemplo seria ao tentarem invadir um servidor, em que utilizariam de uma ferramenta para identificar a força das senhas utilizadas, assim, apontando as que possuem menores resistências em caso de ataques.
Outro tipo de solução envolveria buscar toolkits ou senhas vazadas de ataques a sistemas operacionais.
Outra forma comum de ataques direcionados com e-mails falsos que roubam as senhas dos usuários ao clicarem em links de teste. Porém, esse tipo de tática pode ser muito invasiva e deve ser avaliada muito bem pela empresa por ferir questões de compliance nela.
Ao contrário da Análise de Vulnerabilidade, o pentest não é amplo, mas analisa a fundo e levanta o máximo de informações possíveis sobre cada ataque que pode ocorrer em seus pontos vulneráveis e falhas encontradas.
Como a Análise de Vulnerabilidade e o Pentest funcionam?
Em um primeiro momento, percebe-se que a Análise de Vulnerabilidade toma uma abordagem defensiva enquanto o Pentest vai para um lado de atacante. Vejamos como cada um funciona.
Como funciona a Análise de Vulnerabilidade
O teste de Análise de Vulnerabilidade ocorre em uma rotina que pode ser automatizada pelo uso de softwares. Por meio dele o Blue Team vai procurar os pontos de falha e vulnerabilidade em sua rede ou sistema, por onde cibercriminosos podem invadir sua empresa.
Para poder executar o teste, são disponibilizados dois tipos de ferramentas, os chamados scanners ativos e scanners passivos. Entenda um pouco mais sobre cada um deles:
- Scanners ativos: esse tipo de ferramenta não depende de um utilizador para funcionar corretamente. Ou seja, eles funcionam sem precisar de um Técnico de Segurança de TI, já que o software está sempre ativo e funcionando em todo momento, realizando varreduras em todas as máquinas, redes ou servidores.
- Scanners passivos: já esse tipo de software é programado para realizar varreduras de modo ocasional. Eles vão verificar seu sistema apenas em períodos programados, não demandando processamento, mas conseguem identificar diversas falhas.
Como funciona o Pentest
Por outro lado, o Pentest, ou também teste de penetração, é realizado por um profissional de segurança da informação. Portanto, como você já sabe, ele vai procurar por falhas e pontos de vulnerabilidade em que um cibercriminoso poderia atacar.
Esse teste é um “ataque controlado”, em que o profissional seguirá um determinado roteiro para atingir seu objetivo e verificar se existem possibilidades de invadir uma rede, sistema ou máquina e conseguir roubar seus dados sem autorização.
Para explicar melhor, o Pentest simula um ataque real para encontrar os pontos em que podem ocorrer ataques e vazamento de dados em uma empresa.
Sendo assim, para poder realizar o teste com sucesso, o Pentest possui 3 formas, sendo elas White Box, Black Box e Grey Box, vejamos a seguir:
- White Box: chamada também de caixa branca, todas as informações de rede, sistemas, máquinas e bancos de dados são repassados para o profissional. Dessa maneira, entre as informações estão endereço IP, configurações, credenciais de acesso, entre outros.
Assim, o White Box realiza um ataque interno, em que se tem grande acesso a dados e outras informações que podem facilitar muito o acesso do invasor. Dessa forma, sendo utilizado em aplicações web em que o servidor e o código fonte podem ser analisados com grande facilidade.
- Grey Box: já no Grey Test, apenas parte dessas informações são divulgadas para o profissional de Segurança de Ti. Sendo assim, realizando uma simulação de ataque a rede por alguém que é credenciado a empresa, mas não possui informações de acesso.
- Black Box: por fim, a simulação de ataque ocorre no Black Box sem dar nenhum tipo de informação para o Ethical Hacker. Dessa forma, ocorre uma tentativa de um “ataque real” a um sistema ou rede de uma empresa.
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Análise de Vulnerabilidade x Pentest: qual a melhor escolha para sua empresa?
Tanto a Análise de Vulnerabilidade quanto o Pentest devem ser usados em sua empresa, porém , em momentos e por finalidades diferentes.
Enquanto a Análise de Vulnerabilidade compõem os testes rotineiros mais básicos, o Pentest vai a uma demanda mais ampla nos negócios, sendo solicitado em grandes corporações que atuam na bolsa de valores e possuem uma política de cibersegurança a ser seguida para si e para seus parceiros comerciais.
Dessa maneira, essas exigências e o próprio Pentest ajuda a manter as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em dia., tornando-se uma opção para lidar com ameaças urgentes.
Sendo assim, ambas as ferramentas são de grande importância para empresas que não querem perder dinheiro e nem competitividade de mercado. Além disso, para definir os intervalos de tempo entre um Pentest e outro, algumas informações devem ser respondidas, como:
- Quais os tipos de informações que sua empresa lida?
- Que tipo de arquivos você armazena em seus servidores?
- Como são armazenados seus dados de clientes?
- Entre outros.
Um grande exemplo seria de uma loja e-commerce (virtual), em que cada minuto fora do ar é dinheiro perdido e passa uma imagem de “sem segurança” para seus clientes.
Por fim, é recomendado que a Análise de Vulnerabilidade faça parte da rotina da empresa, entendendo assim uma parte mais ampla da segurança da empresa. Enquanto isso, o Pentest deve ser realizado ao menos uma vez ao ano e, de preferência, em todos os seus 3 modos.
Com base nos resultados obtidos pelos dois testes, você pode colocar planos de ação em prática, além de modernizar aplicações e reorganizar a arquitetura da rede.
Sendo assim, para ter eficiência e sucesso em ambos os testes, é importante lembrar de realizá-los com o uso de profissionais, a fim de que nenhum erro seja cometido e sua empresa não seja afetada.
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